Síndrome do Pânico |
Fonte: Clinica Mens Sana - 22/05/2013 |
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O medo é um sintoma natural de todo ser humano, e também de animais que eclode quando estamos em uma situação de possível ameaça, gerando defesas em nosso organismo, como por exemplo: o aumento do fluxo de sangue para a musculatura de um indivíduo a fim de prepará-lo, para uma situação de luta ou de fuga. Quando ocorre uma exacerbação dos sintomas do medo, acompanhado de sensações físicas desagradáveis como aceleração cardíaca, dificuldade para respirar, sudorese, etc., estamos diante do PÂNICO. Muitos pacientes nos procuram com o diagnóstico pronto de “Pânico”, e este fato exige que ouçamos com mais atenção as suas queixas. Normalmente, associamos o termo Pânico com medo intenso, relacionado a alguma situação de extrema gravidade como acidentes, mortes coletivas, etc. Nos últimos tempos, através dos meios de comunicação, ficou famosa a tal síndrome do Pânico, que se transformou em doença da moda, sinal de nossos tempos: modernos e estressados. Por estes motivos, qualquer situação emocional carregada de ansiedade, automaticamente é chamada de Pânico, o que é um engano, pois há tratamentos diferentes para manifestações emocionais diferentes, daí a importância de um diagnóstico correto. A ansiedade, é o mal estar que se sente por antecipação na expectativa de uma ameaça, em condições patológicas ela pode transformar-se num sentimento de insegurança e incapacidade de tomar qualquer resolução, atuando como se fosse um gatilho que dispara uma tensão nervosa muito intensa. É extremamente desagradável - como qualquer crise de pânico – mas está associada a uma situação claramente perceptível que a pessoa esta vivendo, seja na sua vida objetiva, seja na sua visão particular das coisas. Alem de ter uma duração maior levando horas ou dias antes de melhorar. A Fobia Social – outra doença da moda – está relacionada a determinadas situações sociais que a pessoa tende a não tolerar mais. As outras fobias são muito comuns em suas formas brandas, estão sempre relacionadas a determinada coisa peculiar a cada paciente, geralmente começam na infância e ficam conhecidas como marca pessoal, à semelhança de gostos e preferências. As formas mais graves limitam a pessoa, que acaba por pedir ajuda especializada. A Síndrome do Pânico é uma doença que acomete a pessoa subitamente, em qualquer momento de sua vida, o mais comum após uma experiência de risco de vida seu ou de alguém muito próximo e, de tão assustadora, deixa uma marca muito forte em sua lembrança. Pessoas que tiveram uma crise destas costumam ficar tão traumatizadas que passam a viver constante medo de serem acometidas novamente e começam a evitar situações nas quais ela já ocorreu ou que acreditam que possa vir a ocorrer. Tanto que, qualquer esforço físico que induza uma respiração mais rápida, já faz a pessoa julgar que está tendo outra crise. Depois de algum tempo, estas pessoas perdem toda a sua segurança e autonomia e ficam dependendo de pessoas próximas todo o tempo. Estas crises se caracterizam por uma forte sensação de morte iminente ou de desfalecimento, com inúmeros sintomas físicos semelhantes a uma crise cardíaca e acompanhadas de medo intenso. Os recentes avanços científicos, de nossa chamada década do cérebro, mostram que há alterações funcionais no cérebro destes pacientes que podem e devem ser tratadas com medicamentos. E estudos estatísticos provam que a cura destes pacientes é mais assegurada quando o paciente recebe a terapia medicamentosa associada à psicoterapia. Nestes casos, é importante o paciente e sua família procurarem centros especializados para que possam receber tratamento integrado de medicação, psicoterapia e orientação familiar.
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